quinta-feira, 5 de março de 2009

Pesadelo

Ela dormia enquanto seus sonhos derretiam no calor do quarto fechado. Um homem. Uma mulher. E destinos opostos. Quanto mais lutavam para tocarem um no outro, mais se afogavam nas profundezas das águas escuras do desconhecido. Iam se afastando, se afastando, até não se enxergarem mais, até não se conhecerem mais; até esquecerem que se amavam.

Ela acordou, suando e ofegando no meio da noite quente de verão, e olhou ao redor. Aonde estavam os sonhos desfeitos e castelos desmoronados? Ouviu um ressonar familiar ao seu lado e pôde respirar novamente; ele estava ali, ao seu lado, sorrindo para ela enquanto dormia.

Fora uma ilusão. Tudo não passara de um pesadelo. Pelo menos, por enquanto.


~.~.~.~.~
Apenas uma pequena parcela do universo paralelo que existe em minha mente, manifestado espontaneamente durante uma quente madrugada de verão.