terça-feira, 29 de março de 2011
Adormecida
domingo, 27 de março de 2011
Remake sentimental
que me deixa sem jeito
esse me olhar e rir
de saber o que estou pensando
Saudade do seu beijo
quase sem defeito
sempre assim, fugaz
nunca sei se estou sonhando
~.~
Penso se você pensa em mim
de que jeito será que lembra de mim
Talvez como a garota que sonha demais
e esquece que viver é mais.
Quarta de Chuvas
Alegrias, tristezas, desejos.
A água abençoava os festejos.
E os beijos.
Na quarta-feira a chuva continuou:
Restos de fantasia escorreram pelas ruas.
Goles de cerveja se perderam sobre as mesas.
E oportunidades se acumularam nos bueiros entupidos.
A Chave
sexta-feira, 4 de março de 2011
Amores de Carnaval
Pierrôt para Colombina:
Doce menina
dos gestos de fada
do olhar que ilumina
a noite estrelada
Querida bailarina
da beleza aflorada
que dissipa a neblina
com sua voz encantada
Minha Colombina,
não seja malvada
teimosa menina
você é minha amada
Esqueça as palhaçadas
daquele arlequim
Venha reinar, minha fada
no coração do meu jardim
Ass.: Pierrôt
Colombina para Arlequim:
Perto de tudo o que existe,
meu amor nem é tão grande assim
chega a ser pequenino e triste
o sentimento que carrego em mim.
Perto de tudo o que existe,
a solidão nem é tão ruim
porque amar você consiste
em tê-lo bem longe de mim.
Perto de tudo o que existe,
nem parece distante o fim
dessa dor, que persiste,
em matar você em mim.
Mas não pense que existe
para mim outro arlequim
no máximo um pierrôt, que insiste,
em provar seu amor por mim
mas acho que ele desiste
se você voltar pra mim.
Ass.: Colombina
Arlequim para Pierrôt:
Caro Pierrôt,
Não posso mais esconder.
Preciso de você.
Vamos esquecer Colombina,
aquela ingrata menina
e fugir para longe,
além do horizonte.
Você sabe que quer.
Amo você.
Ass.: Arlequim.
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Moral (?): O amor nos tempos modernos é mais difícil que qualquer história de Romeu e Julieta.
Noite fria
e seu sorriso derramou o pranto
seu olhar espalhou o espanto
e seu toque estremeceu o canto
da moça que trajava o manto.
Ele então pediu licença
e beijou-lhe os lábios brandos
cravou-lhe os dentes brancos
na pele alva, aos solavancos
e ela cedeu aos seus comandos.
(Sangue)
Debaixo da carne tensa,
tremia ela de revolta
e o vampiro à sua escolta
bebia o sangue à sua volta.
A noite, agora tensa,
o viu sumir pela porta.
E o frio que corta,
acolheu a moça morta.
(Exangue)
terça-feira, 1 de março de 2011
Loba II
derramo seu sangue na praça.
Beijo-lhe os olhos de pavor,
rasgo sua carne com ardor.
E quando te encontro às traças,
choro em seu peito desgraças.
(Acordo com os dentes na caça;
escorrem as lágrimas de terror)
A lua matou meu amor.
A faca cessou minha dor.