sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cuidado: inflamável

Sou uma pessoa altamente inflamável. Uma palavra errada na hora errada e eu explodo de irritação e brigo com todo mundo à minha volta. E o mais estranho é que, apenas um minuto depois, me acalmo, volto aos meus eixos, e nem sei explicar por quê fiquei nervosa. E, quando penso bem no assunto, me envergonho por ter agido de forma tão desequilibrada. É só comigo que acontece isso?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Impulsos e formigas

Muitas vezes sinto que deveria agir mais por impulso. Me permitir fazer coisas banais como molhar os pés na água do mar numa caminhada noturna ou acordar no meio da noite só para contemplar a lua. Às vezes, a realização ou não dos desejos mais banais são os que definem a personalidade de cada um.

É importante agir por impulso, pelo menos de vez em quando, para não esquecer a magia das simples coisas da vida.
Algo que acabei de me lembrar.
Noutro dia, em Volta Redonda, a caminho do salão de beleza para encontrar minha avó, passando por um belo jardim, me deparei com uma trilha de formigas carregando folhinhas. Se estivesse acompanhada, nem teria reparado, mas estava sozinha, e sorri comigo mesma. Andei mais devagar no meu caminho, procurando a origem daquela trilha, e fiquei surpresa ao ver o quanto era longa. Me permiti ficar parada alguns segundos observando aquelas formigas apressadas em meio ao clima instável e depois me despedi, reparando nas flores, nas árvores e tudo o mais ao meu redor.

Hoje eu agi por impulso, iniciando um blog por conta própria que já estava ensaiado há muito tempo mas que ainda não tinha tido a coragem de criar. Espero que os impulsos me guiem mais daqui pra frente. A vida é bem mais bonita assim.

Censura

Hoje, mais do que nunca, tive vontade de entrar no mar. A água escura estava irresistivelmente convidativa sob a noite fresca de verão. Reparei nas ondas calmas alcançando a areia branca e vazia e quis sair correndo naquela vastidão, molhando os pés na água fria e espirrando-a para todo lado, depois mergulhando e apreciando a poesia do mar.

Mas não fiz nada disso. Continuei fitando a praia tristemente, impedida de fazer o que desejava por causa de minha censura pessoal, que me condenaria se voltasse para casa com os pés molhados e cheios de areia. Abandonamos o calçadão conversando, eu e papai, enquanto voltávamos para o apartamento, onde a vista do mar é ofuscada pela quantidade de prédios ao redor.

Pisando em ovos

Não sei bem como começar. Nunca pensei em tornar públicas as palavras que guardo para meus diários, mas resolvi tentar. Afinal, o que não mata engorda, e nãoestou preocupada com uns quilinhos a mais.

Este blog não pretende ser nada instrutivo ou informativo, nem espero que alguém realmente leia o que quer que seja que eu venha a escrever.

Meu verdadeiro intuito aqui é perder o medo de expor meus pensamentos e devaneios, bem como garantir que eles não se percam no turbilhão de minha mente.
É só. Por enquanto.