domingo, 31 de maio de 2009

Domingos são muuuuuuito deprimentes.
Não está chovendo. Mas sinto que há uma grande nuvem negra pairando sobre a minha cabeça. E eu estou aqui, esperando. Esperando que algo bom aconteça. Esperando que algo venha me tirar do poço de tédio em que caí.
Por favor, comece a chover.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Tudo girando
E eu aqui pensando
Aonde devo estar?
Qual é o meu lugar?

Tantas escolhas
Paradigmas de uma história
Do calendário voam as folhas
Uma vida que perde a memória

Vou sendo esquecida
Vou ficando deprimida
No tempo, perdida.
Pra onde foi minha vida?

Tudo acabou.
Terminou.
Esgotou.
Nada restou.

Acho que desapareci.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sonho louco

Eu sonho. Bastante. Quase sempre acordada. Mas também sonho dormindo; e esses sonhos são sempre no mínimo interessantes.

Meu último sonho foi como um filme. Ou eu sonhei que via um filme. Não importa: o que interessa é que não consigo tirá-lo da minha cabeça. Portanto, aqui vai ele.

Os protagonistas do filme (do sonho) eram Angelina Jolie (com cabelos curtos e olhar doce, mais ou menos como em Amor Sem fronteiras) e Steve Carell (barbudo e sério, como em Pequena Miss Sunshine). Na história que montei em minha cabeça, os dois eram muito bem-sucedidos em suas carreiras (não lembro, acho que não tem muita importância) e cresceram num vilarejo peculiar, meio mágico, meio secreto. Quando adultos, eles se encontram numa praia deserta de areia branca e águas azuis límpidas e calmas, ambos usando roupas brancas, e tem uma aplísia dançando na barriga do Steve Carell deitado na areia.

Eles então se apaixonam e decidem casar e constiuir família, no vilarejo onde cresceram, e que acreditam ser o melhor lugar para terem uma vida perfeita e serem felizes para sempre. Com isso, os dois abandonam suas carreiras bem-sucedidas e vão morar numa casinha aconchegante. Eles tem um filho, Steve Carell Junior, e não fazem muita coisa da vida; Angelina Jolie passa os dias tricotando em uma cadeira de balanço e Steve Carell Pai trabalha num asilo de idosos. O casal acaba descobrindo que não é feliz dessa maneira, e nem o filho, motivo de terem abanonado suas antigas vidas, gosta do lugar, porque não tem amigos e os garotos da escola caçoam dele.

Após conversarem, a família decide voltar para o mundo real, para a vida que tinham antes, mas ficam feizes de terem experienciado esse outro tipo de vida, só pra ter certeza de que não era o que eles desejavam. Fim.

Agora, o motivo da minha fixação é que eu tenho certeza de que já vi uma história parecida em algum filme. Qual??? Talvez seja uma mistura de Um Homem de Família, Os Incríveis, Sr. e Sra. Smith, e mais um monte de filmes que não consigo lembrar agora, e aqueles dois que falei no último post. Se uma alma viva que visita este blog puder sugerir alguma coisa, eu agradeço.

P.s: Deu pra ver que na minha cabeça se misturam um mooooonte de coisas...

domingo, 3 de maio de 2009

O Amor e suas complexidades

O Amor sempre me causou um rebuliço - não tenho palavra melhor pra descrever: um misto de encanto, curiosidade, espanto. E inquietação. Desde pequena vivo no mundo da lua e acredito em contos de fada. Ora, por que não? A vida é tão mais bonita e simples vista por lentes cor-de-rosa...

Enfim. Mesmo crescida - como se 18 anos fossem experiência suficiente... - e um pouco entendida da vida, sempre me surpreendo quando me deparo com situações amorosas que não seguem a receita do "felizes-para-sempre". Como é possível pessoas que se completam não ficarem juntas pela eternidade? Por que para uns o Amor é bonito e suficiente, enquanto que para outras, é indesejado e mal-administrado? Como saber se há uma pessoa certa para cada um de nós, e se vamos encontrar essa pessoa? O Amor pode ser garantia de felicidade plena?

Sempre vivi esperando encontrar o Amor em cada esquina que eu virasse, em cada olhar de um ilustre desconhecido, em todo lugar que eu me encontrasse. E acho que encontrei. Mas agora chego a pensar que o que eu procurava ávidamente não era Amor, e sim Paixão. Afinal, não existe amor à primeira vista, e sim paixão à primeira vista, diz a psicanálise. Cientistas dizem que paixão é química e tem prazo de validade: quatro anos, em média, e depois pode ou não evoluir para amor. Admitamos então que um casal esteja apaixonado, passem-se quatro anos e eles então separem-se. Toda a magia, os beijos, abraços, carinhos, promessas e planos, tudo desaparece. Será que Paixão é sinônimo de Ilusão?

E se alguém finalmente encontra o amor mais puro e belo, a pessoa perfeita para esse alguém, e simplesmente... deixa passar? Como é possível ser feliz sabendo que teve a oportunidade de viver o Grande Amor, mas não aproveitou? (Talvez aqui eu esteja indo contra o que disse antes sobre as escolhas.)

Às vezes os maiores amores são aqueles que aconteceram em um curto espaço de tempo e duraram muito pouco, como em Romeu e Julieta, ou que esperaram uma eternidade para serem vividos, como em O Amor Nos Tempos do Cólera. Mas e aqueles em que os casais se separam ao invés de morrerem juntos ou se encontrarem no fim da vida?

Por mais que eu queira, acho que nunca vou compreender essa grande força magnética, hipnótica e maravilhosa que é o Amor. Talvez ninguém possa. E esse seja um dos grandes mistérios que fazem a vida valer a pena. Acho que eu devia me preocupar mais em viver o Amor do que em tentar compreendê-lo.

Hum. Talvez os contos de fada sejam mesmo reais; só precisamos parar de idealizá-los e começar a realizá-los.

*Filmes inspiradores:
- Apenas Uma Vez (Once)
- Ao Entardecer (Evening)

Erros x Escolhas

Erros não existem. Às vezes achamos que tomamos decisões erradas no passado, que perdemos uma grande oportunidade de ser feliz; costumamos pensar: “E se tivesse sido diferente?”, fantasiando histórias que jamais poderiam ter acontecido, só pela incômoda insatisfação de nunca saber o que o futuro nos reserva. Tão estranho como imediatamente jogamos fora tudo o que vivemos só pelo vislumbre de algo tão incerto quanto o que escolhemos primeiro! Não existe isso de escolha certa ou errada, de decisão boa our ruim; tudo o que existe são apenas escolhas.

Podemos escolher ter o cabelo curto ou comprido; usar maiô ao invés de biquini; optar por uma carreira clássica ou preferir a vida artística; ter uma vida regrada ou simplesmente nunca olhar para o relógio. Escolhemos ser felizes para sempre com um marido, filhos e uma casa com jardim, ou simplesmente ser feliz sozinha, ter animais de estimação comocompanhia e sair todas as noites com amigos.

Mas nunca podemos dizer que as escolhas que fazemos são “ruins” ou “boas”, que “tudo teria sido melhor se tivesse sido de outra maneira”. Porque se fosse diferente, não seríamos nós. As escolhas que fizemos no passado constroem as pessoas que somos no presente, e as escolhas que fazemos no presente refletem em quem seremos no futuro. A vida é feita de escolhas. Se pudéssemos refazer todas as escolhas do passado, nossas vidas não seríam as mesmas. As coisas boas que nos aconteceram por causa das escolhas ditas “erradas” não existiriam. E continuaríamos insatisfeitos, desejando poder mudar tudo novamente.

Essa é a verdadeira beleza da vida: saber que não se pode voltar atrás, mas que sempre é possível seguir em frente, na direção que preferirmos. Talvez você opte por um corte de cabelo muito curto e não fique contente com isso; mas com o tempo o cabelo crescerá, e voltará a ser como antes, e talvez você até o corte novamente, de outro jeito. No entanto, se não tivesse cortado o cabelo, jamais saberia sua reação.

Assim, nunca sabemos o que nos aguarda no fim do arco-íris; mas certamente, entre penhascos brumosos e vales ensolarados, sempre conseguimos encontrar a felicidade. Sejam quais forem nossas escolhas.

*Filme inspirador:
- Ao Entardecer (Evening)