domingo, 26 de abril de 2009

Noite.
Calma.
Calma?
Sons.
Não: barulhos.
Murmúrios.
Agitos.
Infortúnios.
Sussurros.
Silêncio!
Sono...
BARULHO!
Irritação.
Impaciência.
Tempo.
Muito tempo.
Sons, sono, sonhos...
Dormindo.
Noite.
Calma.
Silenciosa.
ZzZzZzZzZz...

Reflexões sobre o barulho

A noite me traz uma sensação boa. Não sou uma pessoa noturna, no sentido de sair para me divertir quando tudo está escuro; sempre prefiro ficar em casa e aproveitar o silêncio, a sonolência, e o turbilhão de idéias que me acomete.

Não gosto de barulho, festa só se for de aniversário, e mesmo assim tem vezes que não suporto.

Gosto de dançar, mas sozinha no meu quarto, boate lotada nem pensar. Show eu nunca fui, só quando criança, algo que nem considero, e música muito alta me dá nos nervos.

Porém, quando se vive num apartamento de fundos em que a janela do seu quarto dá para uma quadra esportiva de escola pública, um salão de festas de um prédio grande e a janela do cara do outro bloco do seu prédio, acostuma-se com barulhos que não deviam fazer parte da sua vida.

Como por exemplo, o som de talheres revirados no apartamento em frente e abaixo ou o farfalhar de uma papel laminado; alguém cantando mal ou falando ao telefone na janela ao lado; uma festa tipo micareta que rola a madrugada inteira (eu detesto músicas de micareta) ou a banda da escola pública ensaiando na quadra a mesma música de todos os anos desde que você se mudou para esse bendito lugar (nove anos); um carro buzinando alucinadamente. Às vezes nem é um som, mas um cheiro de bife da-casa-dos-outros ou então o inebriante aroma de pipoca (e aí você morre de raiva porque não tem pipoca em casa pra você). Coisas assim.

E aí você se dá conta de que a noite, a madrugada, mudou coompletamente de sentido. Você percebe que toda aquela comunhão de sons e (cheiros) fazem, de fato, parte da sua vida. E quando você os ouve, sente-se bem; sente-se em casa. E todas essas coisas que te atrapalhavam antes em suas reflexões, passam a ser a inspiração para elas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A madrugada é um momento interessante. É quando brotam em mim milhares de idéias para escrever, e mesmo que eu esteja com sono e deixe pra continuar no dia seguinte, nunca abandono essas idéias, diferentemente do que acontece quando começo a escrever em outro momento do dia. Estou me tornando uma escritora notívaga.