sexta-feira, 4 de março de 2011

Noite fria

A noite clara se fez turva em sua presença
e seu sorriso derramou o pranto
seu olhar espalhou o espanto
e seu toque estremeceu o canto
da moça que trajava o manto.


Ele então pediu licença
e beijou-lhe os lábios brandos
cravou-lhe os dentes brancos
na pele alva, aos solavancos
e ela cedeu aos seus comandos.

(Sangue)

Debaixo da carne tensa,
tremia ela de revolta
e o vampiro à sua escolta
bebia o sangue à sua volta.

A noite, agora tensa,
o viu sumir pela porta.
E o frio que corta,
acolheu a moça morta.

(Exangue)

2 comentários:

Hélder disse...

Muito bom! Excelente! Bjs corujas

Matheus Marins Alvares disse...

Ótimo!