sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sou poeta

Não sou filósofa; há muito que desisti de pensar bem no sentido de cada palavra que brota dos meus dedos quando escrevo. Me cansava. E não parecia natural.
 
Prefiro me pensar como médium: as palavras simplesmente escorrem pelos meus dedos sem que eu tenha total controle delas. Quando vejo já estão lá. E é bem melhor assim. Quase sempre gosto do resultado.
 
Mas me espanto quando me fazem perguntas sobre o que escrevo. Não sei responder. Não sei explicar o que me fez querer dizer determinada coisa. Simplesmente escapou pelos meus dedos de manteiga. Acontece.
 
Os poetas não explicam o que escrevem; simplesmente escrevem. O importante é botar pra fora. Cabe aos outros filosofarem sobre aquelas palavras.
 
Ao poeta, cabe apenas: escrever.

3 comentários:

Vinha disse...

Olá. Conheci teu blog.
Sou a Vinha (pode me chamar assim mesmo) e vi que você comenta no Just Lia.
Gostei do teu blog, e gostaria de te falar do meu blog novo, que é meio Just Lia assim tb rs
Se quiser dar uma passada e comentar ficarei grata: http://tortademenina.blogspot.com/

Se seguir, te sigo tb hihi ^^

Obrigada.

xoxo
Vinha.
P.S.: se preferir passar no meu blog de livros, eu tb tenho: http://daestanteaojardim.blogspot.com/

Desirée disse...

Nossa, adorei o texto

e concordo, aos poetas cabe expressar-se e aos filosofos entender os sentimentos!

beijinhos!

Veja você disse...

Não sou filófoso (eu já tentei), nem sou poeta. Quero, talvez, ser manteiga... Qualquer coisa que se afete: uma manteiga.
Lindo texto, Luiza.