quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ali, comigo

Pensei ter visto seu rosto hoje. Estava andando pela rua e no meio da multidão de meio-dia do centro da cidade, eu o vi. E não pude deixar de me apaixonar novamente. Seus olhos me buscavam no meio de toda aquela gente e quando me encontraram vi seu sorriso iluminar aquela tarde cinzenta. Você estava exatamente do jeito que eu me lembrava, e eu não pude deixar de me apaixonar por você mais uma vez.

Enquanto eu via o seu rosto no meio de toda aquela confusão, não pude impedir as minhas memórias de vagarem até você. Lembrei dos nossos momentos, das nossas conversas, dos nossos passeios no parque, nos escondendo entre as árvores. E o seu rosto sorridente acompanhando cada uma dessas lembranças. Sorri, éramos felizes, tão felizes, tão cheios de vida! Tão cheios de vida...

Minha mãe me puxou pelo braço, perguntou o que estava acontecendo. Seu rosto sumiu. Ela perguntou se eu estava bem, se estava triste. Eu disse que tinha te visto. Ela não falou mais nada e quis me levar pra casa. Deixei-a fazendo suas compras e fui para o nosso lugar secreto.

Sentada na colina do parque, entre as árvores verdes, sob o céu de repente tão azul, uma brisa me tocou e senti o seu perfume. Deitei na grama fresquinha e senti o seu abraço. E de repente não era só o seu rosto que tinha vindo me visitar: você estava ali comigo, inteiro, como nas minhas lembranças. Sorri. Estava de novo feliz, tão feliz: cheia de vida. E você ali, comigo. Mesmo sem estar ali comigo.

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*Me inspirei na música “I thought I saw your face today”, da Zoey Deschanel (She&Him)

Um comentário:

Anônimo disse...

É o mesmo do texto anterior?

Se for, não acho que ele estar ali sem estar seja lá uma coisa muito boa...

Se não for, bom, é bom estar com quem não está às vezes.

E sobre a escrita: simples e boa. Aliás, muito boa a repetição que você fez no primeiro parágrafo.

E é isso.