terça-feira, 7 de dezembro de 2010

- Será que vale a pena?

Você me pergunta, e eu respondo: sempre vale a pena quando a alma não é pequena. Sei que o verso não é meu, mas que importa, somos todos poetas, vivemos todos do mesmo ganha-pão, as palavras, essas ingratas, que muitas vezes nos põe no chão.

Vale a pena, eu te digo, por que não valeria? Somos jovens, apesar da sua insistência em se clamar mais velho, vá lá, tudo bem, você é velho, mas e daí? Eu digo que nós dois, juntos, somos jovens e podemos o que quisermos.

Você pergunta por que vale a pena e eu digo simplesmente que vale e pronto. Dói tanto assim? Não dói. É tão difícil? Não é. Vai mudar nossas vidas completamente? Só se a gente quiser.

As coisas não precisam ser assim tão difíceis, enroladas, complicadas. Elas podem ser exatamente do jeito que são. Uma flor é uma flor e ponto. Um beijo é um beijo e ponto. Não é preciso ir além disso.

Você me pergunta se vale a pena. Eu digo que vale. Eu grito que vale. É claro que vale. Meu amor, se a vida não vale a pena, de que adianta eu estar aqui escrevendo tudo isso às 01:55 da madrugada? Vamos lá, deixe de ser temeroso, viva e pronto, não faça perguntas.

Beba este último copo comigo e vá para a cama, sem perguntar se a alma é pequena e se viver vale a pena. Se eu digo que vale, assim, agora, acredite, é a mais pura verdade.

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