terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Você não esperava, eu sei que não, não esperava nenhum momento dessa noite, você, que acha que sabe tudo sobre mim. Não, você não sabia o que estava por vir, não sabia o que eu ia pedir. Pedi uma cerveja e você se espantou, logo eu, que não bebo nem refrigerante. Mas eu pedi uma cerveja e você se assustou, mas não deixou por isso mesmo, pediu mais um copo e bebeu, comigo, brindou. Brindamos, a quê, não me lembro faz tempo, umas horas, talvez, mas muito mais no calendário do álcool. Brindamos à vida, deve ter sido isso, e sorrimos, bebendo. Você me olhou, ainda sem acreditar, eu ali, naquela virgindade alcóolica ainda, tão menina, tão menina, mas tão moça, tão moça. Você não viu o tempo passar, você não viu a idade chegar, e agora olha só, a distância diminuiu, você e eu, ainda não estamos no mesmo lugar nem nunca vamos estar, mas já está mais perto, não há como negar. Então pare de fugir de mim, pare de ser tão assim.

(mas nunca deixe de ser assim, porque é como gosto de você, tão assim, tão doidim, tão lindim, que é como eu quero você, todinho assim, pra mim)

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